“Recebi duas propostas para leccionar em colégios após fazer o curso VSAT”

Finalista de Engenharia Electrónica e Telecomunicações, no Instituto Superior Politécnico do Huambo, pertencente à Universidade José Eduardo dos Santos (ISPH-UJES), Ana Ladislau participou da última edição do Curso de Comunicação Via Satélite – Procedimentos de Instalação e Manutenção de Antenas VSAT, a convite do Gabinete de Gestão do Programa Espacial Nacional (GGPEN), no âmbito do Angotic 2023.

A formação, segundo a jovem, está a render frutos, tendo já recebido duas propostas de trabalho: “fui contactada por várias pessoas que aperceberam-se do curso que fiz, no sentido de saberem o que aprendi e, inclusive, recebi duas propostas para leccionar em colégios do Ensino Médio Técnico na área de Telecomunicações”, disse, animada.

O curso tem por objectivo transferir conhecimento, técnicas e procedimentos utilizados nas comunicações via satélite, harmonizando os conteúdos teóricos e práticos. A finalidade é levar os formandos a um entendimento sólido dos fenómenos por trás deste tipo de comunicação para que possam reproduzi-los nas suas instituições de origem.

“Foi uma grande experiência ter participado deste curso, pois tive o privilégio de conhecer formadores de excelência, nacionais e estrangeiros, colegas incríveis que espero não perder o contacto. Quantifiquei e qualifiquei o conhecimento teórico-prático adquirido sobre a montagem de uma antena VSAT, desde o mastro até ao Feed, como e quais procedimentos são realizados para receber e transmitir sinais de informação via satélite e foi possível ver na prática conceitos teóricos aprendidos nas aulas da faculdade”, expôs.

Outro ponto destacado pela estudante Ana Ladislau é que, através do curso, pôde comprovar que o ANGOSAT-2, lançado em Outubro do ano passado e em fase de comercialização, está totalmente funcional.

“Tive a oportunidade de confirmar que o nosso satélite ANGOSAT-2 é uma realidade e encontra-se em órbita, tanto que as províncias do Bié e Moxico já beneficiam dos seus serviços com o Conecta Angola”, disse, fazendo referência ao projecto de âmbito social fruto da capacidade espacial do ANGOSAT-2, cuja zona de cobertura permite alcançar as regiões mais recônditas do país, que no passado não tinham qualquer rede de comunicação.

Finda a formação, Ana Ladislau considera-se satisfeita e recomenda: “após o curso, posso dizer sem medo de errar que estou mais por dentro no que concerne às Telecomunicações e não tenho dúvidas de que estou no caminho certo, pois muito mais do que admirar a tecnologia é saber como tudo realmente acontece”.

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