NASA: lançamento da Artemis I dá a largada para retorno das missões tripuladas à Lua

Após duas tentativas de lançamento da missão não-tripulada Artemis I, a NASA, agência espacial norte-americana, lançou, com sucesso, na madrugada desta quarta-feira, 16, o foguete SLS (sigla em inglês para Sistema de Lançamento Espacial) e os sistemas da espaçonave Orion.

A missão Artemis I faz parte de um programa da NASA para retomar as missões tripuladas à Lua, a partir de 2023. O objectivo é garantir que os novos sistemas são seguros o suficiente para levar humanos da Terra ao satélite natural.

A nave contará agora com o seu módulo de propulsão europeu para a acompanhar em segurança no resto da missão. No seu ponto mais próximo, a cápsula estará a apenas 100 km da superfície lunar, no seu ponto mais distante, Orion estará até 70.000 km (45.000 milhas). Esta será a mais afastada da Terra que qualquer nave espacial classificada pelo homem alguma vez arriscou.

A cápsula deverá regressar à Terra a 11 de Dezembro – cerca de três semanas e meia a partir de agora. É aí que ocorre um dos principais eventos de toda a missão. Os engenheiros estão mais preocupados em saber se o escudo térmico de Orion irá lidar com as temperaturas extremas que irá encontrar na reentrada na atmosfera do nosso planeta.

A cápsula virá muito rapidamente – a 38.000km/h, ou 32 vezes a velocidade do som. Um escudo na sua parte inferior deverá enfrentar temperaturas próximas dos 3.000C.

Foi dado o “enter” para iniciar a sua ascensão a partir do Centro Espacial Kennedy, na Flórida, à 01:47 hora local (06:47 em Angola). Acompanhe o lançamento no canal oficial da NASA no YouTube.

Histórico

Em Dezembro, a NASA vai celebrar o 50º aniversário da Apollo 17, a última vez que os humanos andaram na Lua. A agência espacial chama ao seu novo programa Artemis (a irmã gémea da Apollo na mitologia grega).

Está a planear uma série de missões cada vez mais complexas durante a próxima década que deverão resultar numa presença mais sustentada no satélite terrestre, com a presença de habitats de superfície e o uso de rovers, juntamente com uma mini estação espacial em órbita à volta da Lua.

Orion está a ser enviado numa excursão de 26 dias que o levará ao que se chama uma órbita retrógrada distante na Lua.