Construída no Km 30, em Viana – Luanda, o colégio Luz Divina surgiu há cinco anos, como uma iniciativa do professor e director César Chiquito para transformar a realidade das crianças do bairro.

Ao todo, 350 alunos dividem-se nas dez salas do Ensino Primário e primeiro Ciclo. E todas, de acordo com o director, “possuem muito interesse em ter mais informações científicas”.

Essa vontade que motivou o professor a contactar o GGPEN solicitando uma palestra, no âmbito da Semana Mundial do Espaço, uma data estabelecida pelas Nações Unidas com o objectivo de celebrar o contributo da ciência e tecnologia espacial para o melhoramento da condição humana.

“Conheci os trabalhos do GGPEN através da página no Facebook. Enviei mensagem e agendei a data. Confesso que fiquei muito cético se os técnicos realmente viriam, devido a distância e por sermos um colégio numa área muito humilde, mas quando os vi, ficamos todos cheios de alegria”, disse.

Para além das palestras explicativas sobre a Semana Mundial do Espaço e a importância dos satélites, a equipa do GGPEN, composta por cinco técnicos, apresentou ainda o Cansat Angolano, um satélite em miniatura para fins académicos, e ainda ensinou os mais pequenos a fazerem modelações em satélites.

“Ensinamos a modelar e eles escolheram que tipo de satélite quiseram construir, se de comunicação ou de observação da terra. Fizemos também pinturas em que puderam dar asas à sua imaginação sobre aquilo que aprenderam na palestra”, falou a Especialista de Simulação de Satélite do GGPEN, Eng.ª Marisa Neto.

O tema deste ano da Semana Mundial do Espaço é “A Lua: porta de entrada para as estrelas”, em alusão ao 50º aniversário do primeiro pouso do homem na Lua. As datas que delimitam a Semana comemoram acontecimentos marcantes da era espacial: no dia 4 de Outubro de 1957 foi lançado o Sputnik I, o primeiro satélite terrestre construído pelo homem. O Tratado de Exploração Pacífica do Espaço Exterior foi assinado pelos estados membros da ONU no 10 de Outubro de 1967. 

“A importância dessas palestras para as crianças é que elas passam a conhecer um mundo muitas vezes desconhecido e elas podem, quiçá ser futuros engenheiros, futuros cientistas para esta área”, disse a também engenheira informática, Marisa Neto, e acrescentou: “este trabalho contribui substancialmente para a implementação da tecnologia espacial no nosso país”.

GGPEN

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