BOLSEIROS DO GGPEN INICIAM ESTÁGIO EM EMPRESAS DA ÁREA ESPACIAL EM TOULOUSE

Estudantes bolseiros do Gabinete de Gestão do Programa Espacial Nacional (GGPEN) iniciaram estágio curricular em empresas prestigiadas da área espacial, na sequência da conclusão da primeira parte (teórica e prática) do mestrado que arrancou em meados de Setembro de 2019, em Toulouse, França, numa das universidades mais antigas e renomadas do mundo em matéria de ciência e tecnologia espacial, o ISAE-SUPAERO (Instituto Superior de Aeronáutica do Espaço).

O estágio tem como objectivo aplicar os conhecimentos adquiridos ao longo da primeira parte da  formação, e, ao mesmo tempo, ganhar experiência profissional junto dos principais actores da Indústria Espacial Francesa e do mundo.

O estágio é essencialmente focalizado no satélite Angosat-2 e programas de observação da terra. A Engenheira Bevania Martins iniciou o estágio na empresa Spaceseed, desde 4 de Maio deste ano. Os Engenheiros, Eldrige de Melo, Hugo Mateus, Marco Romero e Massala Nsungani iniciaram o estágio no dia 2 deste mês, na Airbus Defense & Space e Aerospace Valley. Já o Engenheiro Aldair Gonçalves começa o seu estágio no dia 15 deste mês, na Airbus.

Bevania Martins, Aldair Gonçalves, Hugo Mateus e Massala Nsungani estão a fazer Mestrado em Serviços e Aplicações Espaciais. Ao passo que, Eldrige de Melo está a fazer Mestrado em Gestão de Projectos Aeroespaciais e Marco Romero está a fazer Mestrado em Engenharia de Sistemas Espaciais.

O mestrado tem uma duração prevista de 14 a 18 meses e visa a transferência de conhecimento aos quadros angolanos objectivando os desafios que estão enquadrados na estratégia espacial nacional, que prevê a formação de quadros do GGPEN ao mais alto nível e, consequentemente, dão resposta ao seu plano estratégico 2019-2022. Uma das características importantes da formação reside na oportunidade de se fazer o acompanhamento da construção do payload do Angosat-2 por parte dos supracitados técnicos angolanos, bem como, acompanhar o programa de observação da terra, constituindo assim, uma mais-valia para os desafios do país, no quadro do projecto Angosat-2 e de programas de observação da terra.

Vale destacar que a formação não teve custos para o Governo angolano, sendo já fruto das compensações russas.

Esta formação é resultado da parceria entre o Estado angolano, por intermédio do Ministério das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, com a empresa francesa Airbus e a Rússia, parceiras na construção do satélite ANGOSAT-2 e programas de observação da terra, no âmbito das compensações provenientes do ANGOSAT-1.

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