
“Sinto uma grande esperança para o futuro do sector espacial em Angola”, diz jovem engenheiro
“O curso permitiu-me compreender melhor como as tecnologias espaciais podem ser aplicadas a diversas áreas, incluindo engenharia eléctrica e industrial, alinhando-se directamente com os meus interesses profissionais. Além disso, proporcionou uma nova perspectiva sobre o impacto da exploração espacial na sociedade e no desenvolvimento sustentável”.
O Engenheiro Industrial e de Sistemas Eléctricos, Monção Piedade Correia Pontes, 23 anos, usou as palavras acima para resumir o impacto do curso “Understandig Space” para a sua formação profissional.
O jovem está entre os 40 angolanos beneficiados com a bolsa do GGPEN para o curso internacional, ministrado pelo Dr. Jerry Jon Sellers, que tem como objectivo transferir conhecimento sobre o sector espacial.
Formado pela Universidade Metodista de Angola, com experiência em energia, telecomunicações e automação, Monção Pontes referiu que “as vantagens desta formação são imensas”.
“Esta formação foi um marco na minha trajectória, ampliando a minha visão sobre o sector espacial e o seu impacto no desenvolvimento tecnológico e sustentável. O conhecimento adquirido reforçou a minha motivação para explorar novas oportunidades e contribuir para iniciativas inovadoras na área”, disse.
Opinião partilhada pela finalista do curso de Engenharia Electrotécnica e Telecomunicações, pela Universidade Tocoísta, Merciana Lourenço Domingos, de 24 anos. Contudo, a jovem listou como principal dificuldade o facto da formação ser ministrada em Inglês, mas o idioma não foi impedimento para que persistisse.
“A língua era o inglês então foi um desafio para mim. Mesmo assim lutei muito para conseguir. Como digo sempre, estudar o espaço não é fácil, exige muita dedicação e foco. No início foi desafiador demais, mesmo assim ainda não desisti. Tive apoio de família e amigos próximos então, lutei”, falou.
E todo esse esforço está a ter resultados, segundo a futura engenheira, a formação lhe “ajudou a ter uma visão mais ampla sobre o espaço, saber mais sobre as suas missões espaciais, sobre a sua arquitectura de nave espacial, os cientistas, a história do espaço, rocket science, como os astronautas vivem no espaço”, disse e avançou:
“Não só me equipou com conhecimentos teóricos e práticos sobre exploração espacial, engenharia de sistemas espaciais e satélites e suas órbitas, como motivou a explorar e estudar mais a tecnologia e inovação para os sistemas espaciais”.
Desenvolvimento tecnológico
De olhos postos no desenvolvimento do sector espacial nacional, António Dange Gonga, 23 anos, licenciado em Engenharia Informática pela Universidade de Belas, falou que o curso Understanding Space, disponibilizado pela Teaching Science & Technology (TSTI), com o apoio do GGPEN, representou uma valiosa oportunidade de aprendizado para si.
“Tive a oportunidade de acesso a materiais de excelência que expandiram a minha visão sobre essa área fascinante, conheci sites através de links encontrados no decorrer do curso que deram acréscimo claro às aulas, a experiência foi desafiadora e, de forma singular, continuo abraçando”, assegurou.
O jovem continuou, acrescentando que participar desta formação permitiu-lhe “expandir horizontes e compreender melhor a relevância do sector espacial para o progresso científico e tecnológico.
“Além disso, essa experiência incentivou-me a explorar novas possibilidades dentro da área espacial”, ressaltou.
Conhecimentos teóricos e práticos
Finalista do curso de Engenharia Industrial e Sistemas Eléctricos, pela Universidade Metodista de Angola, Lukaya Ambrósio Cardoso, 24 anos, destacou o facto do curso reunir conhecimentos teóricos e práticos:
“O curso não só me equipou com conhecimentos teóricos e práticos sobre a exploração espacial, mas também destacou a relevância do sector espacial para o desenvolvimento humano e tecnológico. As ferramentas de ensino utilizadas tornaram o aprendizado mais dinâmico e estimulante. Ganhei uma visão ampliada sobre o uso do espaço e sistemas orbitais, o que me deixou mais confiante para aplicar esses conhecimentos em projectos futuros”.
Por sua vez, o estudante finalista 4⁰ ano, da Universidade Kimpa Vita, no Uíge, vislumbrou no curso bons caminhos para o futuro do sector espacial no país.
“Ao concluir esta formação, sinto uma grande esperança para o futuro do sector espacial em Angola. Acredito firmemente que o conhecimento que adquiri aqui pode impulsionar o desenvolvimento de capacidades locais e permitir que o nosso país se torne um player relevante na exploração e utilização do espaço. Vejo um futuro onde Angola poderá colher os inúmeros benefícios que o sector espacial pode trazer para diversas áreas. Esta formação apenas reforçou a minha convicção no enorme potencial que Angola tem no cenário espacial”, finalizou.
Os participantes da formação internacional oferecida pela empresa Teaching Science & Technology (TSTI), que já formou especialistas dos principais players da indústria espacial mundial, foram beneficiados devido participação activa nas actividades da Semana Mundial do Espaço 2024 em Angola.