Projecto de combate à seca no Sul de Angola apresentado em evento do COPUOS

A Dra. Danielle Wood, representante por parte do Massachusetts Institute of Technology (MIT) no projecto de “Apoio a Gestão da Seca em Angola usando Modelagem Integrada do Meio Ambiente, Vulnerabilidade, Tomada de Decisão e Tecnologia (EVDT)”, irá apresentar a iniciativa na reunião do Comité das Nações Unidas para Usos Pacíficos do Espaço Sideral (COPUOS), que decorre de 5 a 9 de Junho, no Centro Internacional de Viena das Nações Unidas, na Áustria. Acompanhe aqui.

Em 2019, o Ministério das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social (MINTTICS), pelo Gabinete de Gestão do Programa Espacial Nacional (GGPEN), e o Massachusetts Institute of Technology, pelo Space Enable Research Group do MIT Media Lab, lançaram o projecto-piloto de quantificação da problemática da seca no Sul de Angola. O projecto esteve alinhado com os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS 2 – Fome Zero e ODS 13 – Acção contra a mudança global do clima).

Em Maio de 2022, a equipa de pesquisa recebeu suporte financeiro (Grant) de 550 mil dólares da Agência Espacial Norte Americana (NASA), para custear a fase actual do projecto, que tem como objectivo desenvolver um Sistema de Apoio à Decisão sobre a Seca em Angola, com vista a melhorar a preparação do país contra eventos de seca através da utilização de dados de satélite.

De ressaltar, que a Dra. Danielle Wood, que também é uma das oradoras do ANGOTIC 2023, a decorrer de 12 a 14 de Junho, em Luanda, foi seleccionada pela terceira vez para actuar como Conselheira do Sector Privado da Delegação dos EUA no Comité das Nações Unidas para Usos Pacíficos do Espaço Sideral (COPUOS).

O Comité de Usos Pacíficos do Espaço Sideral (COPUOS) foi criado pela Assembléia Geral das Nações Unidas, em 1959, para organizar a exploração e uso do espaço para o benefício de toda a humanidade: para a paz, a segurança e o desenvolvimento.

Angola no COPUOS

De ressaltar que Angola foi admitida no COPUOS aos 27 de Outubro de 2021, como fruto do reconhecimento internacional, no mais alto nível, do esforço que o Executivo tem feito para implementação da Estratégia Espacial Nacional.

No âmbito dos objectivos e directrizes gerais estabelecidas pela Estratégia Espacial Nacional 2016-2025, instrumento reitor das actividades espaciais em Angola, o Eixo 4 tem como objectivo a afirmação internacional do Estado Angolano no domínio espacial, sendo que o seu fim principal é garantir que a República de Angola assuma um papel relevante no contexto internacional em matéria espacial.