ANGOSAT-2 prevê dar maior crescimento do oil e gás em Angola
O ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, Mário Oliveira, considerou esta quarta-feira, 23, que o satélite ANGOSAT-2, em órbita, vai alavancar o sector do petróleo e gás em Angola, no que respeita as telecomunicações.
Mário Oliveira disse que o país está em melhores condições hoje, por via de quadros nacionais pertencentes ao Programa Espacial Nacional, de fornecer ao sector petrolífero e não só, sistemas que permitam determinar derrames de petróleo, entre outros serviços.
O ministro, que interveio na Conferência sobre Tecnologias e Inovação, organizada pela Mercury Serviços de Telecomunicações (MSTelcom), sublinha que com o Angosat-2 e o Sistema de Observação da Terra, o Executivo está em condições de fornecer ao sector petrolífero, aquilo que considera necessidades do mercado petrolífero e não só.
“O ANGOSAT-2 é um investimento muito grande que o país desenvolveu. É uma componente do Programa Espacial Nacional que inclui o Sistema de Observação da Terra”, lembrou.
Além do ANGOSAT-2, disse que o Governo deu início ao projecto de expansão da fibra óptica, que virá a ser uma peça “muito importante” para o ecossistema da exploração petrolífera.
Acrescentou que o desenvolvimento de aplicações espaciais também são, entre outros projectos, os que o país está em condições de fornecer ao sector petrolífero.
Além disso, fez saber que Angola também aderiu ao cabo “2 África”, um dos maiores cabos em construção de fibra óptica.
“O sector petrolífero em Angola pode contar com as valências e inteligências do nosso país, contar com aquilo que os angolanos estão a fazer no que as telecomunicações e tecnologias de informação dizem respeito”, garantiu o governante.
Fez saber ainda que, nos últimos 20 a 25 anos, o Governo tem investido “forte” de forma cíclica, nas redes básicas de telecomunicações, quer seja via satélite, quer seja por microondas, quer seja em fibra óptica.
No quadro destes investimento, hoje, o país tem um conjunto de três cabos de fibra óptica internacionais que atracam em Angola, dos quais, o SACS, o único cabo que liga África com a América do Sul.
O ministro teceu também algumas palavras aos jovens e destacou a importância de se continuar a dar oportunidade a juventude para que estes continuem a estudar e a formar-se cada vez mais, pois, observa, “de nada adianta termos de satélites se não tivermos jovens capazes de poder manejar toda a tecnologia em volta do desenvolvimento do ecossistema tecnológico”.
“Em Angola temos capacidades, mas precisamos dar oportunidade a nossa juventude, para que continue a estudar mais e formar-se cada vez mais. Porque, de nada nos adianta termos satélites, de nada nos adianta termos redes de fibra óptica e de nada nos adianta termos FPSOs se não tivermos jovens, e jovens adultos já agora, capazes de poder manejar toda a tecnologia que está a volta do desenvolvimento, não só do sector do Oil & Gas, mas de todo ecossistema”, realçou
Fonte: MINTTICS