NASA e MIT apoiam combate à seca no Sul de Angola com 550 mil dólares
De acordo com dados do Programa Emergencial de Combate à Seca no Sul de Angola, estima-se que 1,3 milhões de pessoas estão afectadas pelo fenómeno da seca nas províncias do Cunene, Namibe, Huíla e Cuando Cubango.
A fim de contribuir para mitigar os efeitos da seca e apoiar o Governo de Angola na resolução deste problema, o Ministério das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, através do Gabinete de Gestão do Programa Espacial Nacional (GGPEN), tem em curso o Projecto de Catalogação e Quantificação dos efeitos da Seca no Sul de Angola, através da geração e utilização de dados de satélite, capaz de melhorar a gestão hídrica e o monitoramento da seca na região.
O projecto, uma parceria do GGPEN e o Massachusetts Institute of Technology (MIT), nos EUA – melhor Universidade de Engenharia do mundo, agora contará com o suporte financeiro de USD 550 mil da NASA, agência espacial norte-americana, numa solicitação de apoio feita pela directora do Space Enabled Research Group, MIT Media Lab, Dra. Danielle Wood.
Com duração prevista de três anos, o Projecto, que designa-se “Apoio a Gestão da Seca em Angola usando Modelagem Integrada do Meio Ambiente, Vulnerabilidade, Tomada de Decisão e Tecnologia (EVDT)”, é fruto de uma parceria entre o MIT e o GGPEN, e tem como meta criar um Sistema de Apoio à Decisão de Secas para Angola.
De ressaltar que a Dra. Danielle Wood, que inclusive já esteve em Angola com especialistas do MIT, é a principal investigadora do projecto por parte daquele instituto de tecnologia, enquanto que o director geral do GGPEN, Dr. Zolana João, é o principal investigador por parte de Angola.
A Dra. Wood ocupou vários cargos na sede da NASA. Obteve o seu doutoramento em engenharia aeronáutica e aeroespacial no MIT. O Dr. Zolana João é Doutor em Gestão de Engenharia, na Universidade de George Washington.
Tutelado pelo Ministério das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social (MINTTICS), o GGPEN tem por missão promover o uso pacífico do espaço, bem como conduzir estudos estratégicos que visam estabelecer acordos de cooperação com instituições técnicas e científicas do domínio espacial, assegurando a criação de competências tecnológicas e humanas nacionais e a transferência de tecnologia e do saber fazer no quadro do Programa Espacial Nacional.